quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Coliseu dos Recreios


Nome:
Coliseu dos Recreios
Autor:
Pai e filho Goulard (engenheiros franceses) e Frederico Ressano Garcia (o engenheiro português), o mestre Manuel Garcia Júnior, o Eng. Xavier Cordeiro, o engenheiro Lacombe, Castanheira das Neves, o decorador e pintor António Machado e ainda Cesare Ianz.
Data:
Inaugurado a 14 de Agosto de 1890
Período:
Arquitectura do ferro, fim do séc. XIX
Localização:
Rua das Portas de Santo Antão, 96 1150-269 Lisboa
Acessos:
Comboio (CP): Estação do Rossio (Linha de Sintra) Autocarro (Carris): Restauradores (Carreiras 1,2,9,11,31,32,36,39,44,45,46,59,90,92) Metro (Metropolitano de Lisboa): Estações Restauradores ou Rossio (Linha Gaivota/Azul ou Caravela/Verde)

Tipologia:
Edificio civil para eventos culturais.
Função:
Promover espectáculos de alta qualidade a preços baixos.

II
1.- Planta:


Sistema Construtivo; Materiais; Aspecto Exterior e relação do mesmo com o interior; influências:
O Coliseu dos Recreios foi inovador na introdução da arquitectura do ferro, ainda insipiente em Portugal, através da espectacular cúpula em ferro, com 25 metros de raio, vinda da Alemanha. O telhado, também em ferro, foi instalado em 1889, da responsabilidade do engenheiro Lacombe. O traço da obra deveu-se aos engenheiros Goulard, pai e filho e ao português Manuel Garcia Júnior; a construção metálica coube a Castanheira das Neves e a decoração ao pintor António Machado. Do arquitecto Cesare Ianz é o projecto da fachada do edifício, última parte concluída, de três pisos, com motivos decorativos em reboco e algumas carrancas, que lhe conferem e aumentam a grandiosidade.

O objectivo era edificar o maior dos edifícios cobertos que houvesse no campo dos espectáculos, e cuja lotação ultrapassaria os 4.000 lugares.

Na fase final, foi dada rédea livre ao maior dos cenógrafos lisboetas, Eduardo Machado, para que procedesse a uma decoração em beleza e pusesse a funcionar o palco. Com 40 m de profundidade, 18 de largura, uma teia em madeira e maquinismos manuais.

Sobre um octógono em alvenaria foi colocada a cúpula, à maneira de uma parábola cúbica com lanterna de 8 m de diâmetro, maior de todas as demais na terra, com raios de 25 m, um diâmetro de 48,68 m e o peso de 100 toneladas, sendo importada directamente de Berlim.
O Coliseu vinha, desde há muito, necessitando de obras de remodelação, algumas das quais com, carácter de urgência. Solicitado o auxílio económico da Câmara Municipal de Lisboa, acabou esta por chamar a si a iniciativa das mesmas e por suportar todos os encargos inerentes. Essas obras trouxeram ao Coliseu várias modificações. A mais importante das quais diz respeito à segurança e consistiu na substituição de toda a instalação eléctrica, incluindo um sistema de alarme contra incêndios. Mais visíveis foram as modificações do aspecto de várias zonas do edifício.

Assim, toda a fachada foi lavada e pintada; os portões gradeados foram substituídos por portas de vidro; as dimensões totais do átrio foram aumentadas à custa de recuo da zona das bilheteiras para o espaço anteriormente ocupado pelo escritório da empresa, agora, por sua vez, deslocado para outro local; ainda no átrio, foi colocado um ascensor, cuja utilidade se torna desnecessário sublinhar; o busto de Ricardo Covões, que se encontrava na parte posterior do átrio, encostado às bilheteiras, foi colocado junto da entrada principal, entre esta e a caixa do ascensor; ao bar do 1º andar foi dado um aspecto moderno e confortável. Na sala de espectáculos, a modificação mais sensível foi a que incidiu na geral e na geral reservada, que deixaram de ser constituídas por degraus, cada um deles abrangendo, sem descontinuidade, todo o espaço compreendido entre a entrada central da sala e a extremidade da geral reservada, já vizinha do proscénio. Esta estrutura das duas gerais foi substancialmente alterada, passando haver locais individuais em cadeiras conforme a disposição da sala nos vários espectáculos realizados nesta grandiosa sala de espectáculos. Foi suprimido o varandim colocado sobre a entrada central para a plateia e gerais.

No tecto da sala foi colocado um grande globo central, rodeado por outros ao longo de duas circunferências concêntricas. Também na parte alta da sala foi instalado um sistema de anteparos, destinado a melhorar as condições acústicas. Ligando as duas zonas da varanda mais próxima do palco foi colocada uma ponte metálica para instalação do sistema de iluminação da cena. A cor dominante da sala passou a ser o cinzento, avivado aqui e ali com cor azul, em substituição da cor predominante anterior, que era um vermelho acastanhado. Na zona do palco as modificações foram acentuadas, entre essas modificações contam-se as que dizem respeito aos camarins, que eram impróprios e que agora têm óptimas condições de higiene e comodidade.


Grupo de trabalho:
Fábio Costa
Miguel Moreira
Vasco Nunes

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