quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Estação de São Bento - Marques da Silva

Obra
Estação de São Bento.
Autor
Marques da Silva.
Data
O primeiro comboio chegou àquele local no dia 7 de Novembro de 1896. A primeira inauguração realizou-se no dia 1 de Maio de 1915 apesar de se ter verificado que o projectista esquecera a sala de espera e as bilheteiras. Com isto a inauguração final, como a actual Estação de São Bento, deu-se em 1916.

Período
Foi edificada no princípio do século XX no local onde existiu o Convento de São Bento de Avé-Maria. Daí o nome com que a estação foi baptizada.
No início do século XVI, mais precisamente em 1518, o rei D. Manuel I, que no ano anterior concedera foral ao Porto, mandou construir à custa de sua fazenda, o Mosteiro da Avé Maria ou da Encarnação das monjas de S. Bento, dentro dos muros da cidade, no local chamado das hortas do Bispo ou Cividade.
Com a afirmação do Liberalismo no início do séc. XIX, este regime, depois de extintas as ordens religiosas, confiscou os seus bens por decretos de 1832 e 1834, determinando que estes passassem para o Estado após a morte da última religiosa. No caso do Mosteiro da Avé Maria, esta terá falecido em 1892, ficando as instalações devolutas.
A demolição dos claustros inicia-se cerca de 1894 e a da igreja processa-se entre Outubro de 1900 e Outubro de 1901.

Localização
Porto, Sé. Esta obra encontra-se localizada no centro histórico da cidade. Deste modo pertence a um contexto urbano, e destaca-se pela sua monumentalidade.

Tipologia
Arquitectura civil de equipamento, ecléctica. Estação ferroviária central de topo de linha, com edifício de passageiros de planta em U de influência francesa, sobretudo nas torres laterais.
Função
Foi construído com o propósito de estação ferroviária, função que mantém actualmente.

Estrutura formal
(analise iconográfica)
Planta
Planta composta, com desenvolvimento em forma de "U". A fachada principal está orientada a Sudoeste.
Sistema construtivo
Toda em cantaria de granito, simétrica e de grande rigor geométrico, apresenta um corpo central mais baixo, que corresponde ao átrio principal, e em cada extremidade dois volumes mais altos, com três pisos. No corpo central, a forte cornija arquitravada assente em mísulas de ressalto, densas no ritmo repetitivo que percorrerá todo o edifício. Rematando a fachada, uma robusta platibanda, que utiliza o mesmo princípio das fenestrações. As fachadas laterais mantêm entre si as relações de simetria quanto a vãos, cheios e decoração. O vestíbulo é revestido a azulejos, enquadrados por pilastras. Junto ao tecto, um friso azul e dourado decorado com flores estilizadas. Por baixo, a toda a volta, um outro friso, policromado, evocativo da história da viação em Portugal. Nas paredes dos topos, por baixo dos frisos, quadras históricas
Materiais
Pavimentos do piso térreo em material cerâmico e betonilha. Os restantes pisos em soalho de madeira; paredes em alvenaria de pedra, com a fachada principal em cantaria e as outras com alguns panos rebocados; no interior, revestimento de azulejos (átrio), e reboco; tectos estucados; cobertura em telha. Estrutura da nave da gare em ferro (pilares em ferro fundido), com cobertura em chapas metálicas.
Aspecto exterior
A sua fachada frontal está concebida numa estrutura horizontal fechada por como que dois torreões.

Espaço exterior e interior
Inclui a gare metálica, os painéis de azulejos e a boca de entrada do túnel, na Praça de Almeida Garrett, na Rua do Loureiro e na Rua da Madeira. O átrio está revestido com vinte mil azulejos historiados do pintor Jorge Colaço (1864-1942).
Influências e carácter próprio
Influência francesa nas torres laterais, romântica nos medalhões do nível superior e forte influência nacionalismo na azulejaria.

Grupo de Trabalho:
Bruna Nunes
Diana Mascoli
Rodrigo Henriques

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